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domingo, 29 de julho de 2012

Eaten Alive


Eaten alive (Eaten alive, 1977) é um curioso filme (esquecido por muitos) de Tobe Hooper, inicialmente famoso por seu O massacre da serra elétrica (The Texas chain saw massacre, 1974).

Neste sucessor, Hooper conta a história de um serial killer que gere um lúgubre hotel e mantém um crocodilo de estimação ao qual joga os corpos de pessoas que ele mesmo mata. Eaten alive carrega uma angustiante atmosfera tomada por barulhos estranhos e intensa névoa. O clima macabro sufoca e faz da presença do réptil gigante o ponto de maior impacto de toda a  insanidade que é exalada por uma projeção em que as atitudes de um maníaco - interpretado por Neville Brand - ditam o ritmo.

No início, uma jovem prostituta não aceita ir para a cama com um sujeito chamado Buck (Robert Englund, o narigudo que mais tarde encarnaria o famigerado Freddy Krueger da série A hora do pesadelo), ato que faz com que a dona do bordel expulse-a de lá. Desamparada, ela vai parar justamente no hotel de Judd (Brand), tornando-se assim sua primeira vítima e dando início ao itinerário de horrores que acompanhamos dentro daquele lugar decadente de onde emanam as mais mórbidas sensações.

Através de mortes brutais, Hooper apresenta-nos um modo de fazer cinema absolutamente seco ao qual  pertence uma estética sombria que é capaz de extrair de um fiapo de possibilidade uma pequena, mas importante, demonstração de seu poder de concepção. Eaten alive parece um pesadelo, inquieta, é opaco e praticamente artesanal. Há uma boa dose fúria e o frescor típico de início de carreira.











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